Você conhece o Peeling de Diamante?
- blogdapatymiranda
- 8 de set. de 2015
- 4 min de leitura
O peeling de diamante ou microdermoabrasão, é um peeling físico, ou seja, utiliza um equipamento próprio para para promover uma microesfoliação da pele. Os principais objetivos do procedimento são a remoção das células mortas que ficam na camada mais superficial da pele e a estimulação à produção de colágeno.
A esfoliação promovida pelo peeling de diamante renova a camada celular da pele, e, segundo estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, publicado em 2009 no periódico científico Archives of Dermatology, induz alterações celulares na pele que ajudam a rejuvenescê-la. O que acontece é que para alterar a aparência da pele, o procedimento estimula a produção de colágeno, a principal proteína responsável por dar forma, estrutura e sustentação à pele. Segundo os pesquisadores, quanto mais agressivo o método - sem, claro, destruir o tecido da pele - maior o estímulo à produção de colágeno. Este procedimento estético está indicado para tratar manchas superficiais que ficam localizadas na epiderme. O peeling de diamante promove a esfoliação da epiderme, promovendo a eliminação dessas manchas. Também pode haver melhora nas cicatrizes de acne, mas como nesse caso as lesões são mais profundas, a melhora é mais discreta - ela acontece em função da esfoliação da pele e estímulo à renovação das células da camada superficial, mas não age profundamente, onde começam essas lesões.
Poros muito abertos, quando submetidos à esfoliação do peeling de diamante, também diminuem. Isso acontece por que os poros tem formato de cone, portanto quanto mais pele é removida, mais estreitos eles ficarão. Segundo o dermatologista Jardis Volpe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o peeling de diamante pode também ser usado para melhorar o aspecto das estrias, principalmente as avermelhadas, mais recentes. O benefício acontece devido ao estimula de células novas, que promoverão uma cicatrização mais discreta na região.

Quais partes do corpo podem receber o peeling de diamante?
O peeling de diamante pode ser usado em qualquer parte do corpo. Além do uso facial (rugas, manchas, poros dilatados), os mais comuns são: rejuvenescimento do colo (amenizando rugas e linhas finas), rejuvenescimento das mãos (melhorando a textura, rugas finas e manchas) e para estrias vermelhas e brancas.
Como é feito o peeling de diamante?
Não é necessária qualquer anestesia prévia. Inicialmente é feita a higienização da pele, em seguida é aplicada a ponteira de diamante no local de tratamento. O profissional realiza movimentos em linha ou círculos sobre a pele. É comum que o profissional estique a pele com as mãos para permitir que a ponteira trate toda a pele. A região dos olhos não deve ser tratada com sucção e os lábios não devem receber o peeling.
Após a sessão, a pele fica levemente avermelhada e pode descamar levemente durante alguns dias. Jardis Volpe conta que, em geral, o peeling de diamante não é doloroso. Porém, em casos em que a esfoliação é mais intensa, como no caso das estrias, pode haver desconforto, mas ainda assim leve.
Cuidados antes do procedimento:
É recomendada a suspensão do uso de ácidos, como por exemplo o ácido retinoico, de 24 a 48 horas antes do procedimento, pois são componentes que deixam a pele mais sensível. Além disso, a paciente deve questionar o seu dermatologista sobre outros produtos que devem ser suspensos antes das sessões.
O paciente deve hidratar a pele durante uma semana com hidratantes recomendados pelo médico para o período após o peeling, em geral esses produtos ajudam também na regeneração da pele. A dermatologista Marcela Studart recomenda o uso água termal, cuja principal função é acalmar a pele, à vontade. O uso de ácidos só deve ser retomado após sete dias, pois a pele estará sensibilizada. O rosto deve ser lavado com sabonete neutro por um período de sete dias após o procedimento. A dermatologista Marcela Studart recomenda o uso de filtro solar com FPS mínimo de 50, que proteja contra radiação UVA e UVB, com reaplicação de, no mínimo, quatro em quatro horas. Os protetores solares físicos são as melhores opções, pois seus compostos reagem menos quimicamente com a pele em comparação com os filtros solares químicos, o que diminui as chances de irritações. Para reconhecer o protetor solar químico, fique atenta às informações da embalagem. Nem todos têm a informação de que se trata de um protetor solar físico, mas a maioria contém as palavras bloqueador e hipoalergênico na embalagem, além disso, boa parte deles também conta com cor de base para maquiagem. Dê preferência às maquiagens hipoalergênicas, que têm menor probabilidade de gerar irritações na pele sensibilizada.
Contraindicações:
Para peles sensíveis ou com rosácea o peeling de diamante e qualquer outro tratamento que faça o lixamento da pele não são boas opções, pois é grande o risco de a pele ficar ainda mais irritada. Peles com inflamações, como uma acne amarelada, por exemplo, também não devem passar pelo procedimento sob o risco de aumentar a inflamação ou mesmo espalhar micro-organismos pela pele. Caso haja microlesões em outros locais, pode haver o surgimento de novas acnes. O dermatologista Jardis Volpe explica que é necessário que o dermatologista faça uma avaliação detalhada da pele antes do peeling de diamante, principalmente em peles envelhecidas, com maiores chances de lesões. "O dermatologista deve avaliar se não há nenhuma lesão pré-cancerígena ou já cancerígena, pois nesse caso não é indicado o peeling de diamante".
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